Blog Sobre Cidadania

NÉVOAS DO TEMPO Ano 01 Santos, 1º de novembro de 2009 Nº 02 A Genealogia é o ramo da História que estuda as famílias, pesquisando suas origens e evolução, descrevendo as gerações que se sucederam através dos tempos e traçando as biografias dos seus membros. Os trabalhos genealógicos utilizam elementos de várias ordens e espécies. Emprega neles a documentação familiar e fontes de referências à linhagem, ou aos indivíduos de que se compõem as famílias, mas também do material histórico que dá a sua feição exata, e do ambiente em que se desenvolveram, apontando os feitos e as influências exercidas ou recebidas. Antigamente a Genealogia tinha apenas a finalidade de registrar as gerações, com o objetivo de servir às habilitações ditas “de genere” dos que se candidatavam a ingressar nas ordens religiosas ou militares, na magistratura, na diplomacia, bem como os que quisessem exercer cargos do Tribunal do Santo Ofício, de triste história, e até, em certos casos, para matrícula em colégios. Entretanto, somente a nobreza tinha a preocupação permanente de registrar sua descendência, com vistas a resguardar direitos sucessórios hereditários. O primeiro livro do Velho Testamento – o Gênesis – é um grande quadro genealógico. No livro Números são encontradas muitas genealogias. O livro de Esdras revela como era grande a preocupação com a genealogia do candidato ao sacerdócio judeu, já que somente era permitido aos descendentes de Aarão. O Novo Testamento, por sua vez, inicia-se, segundo o Evangelho de São Mateus, com o registro dos ancestrais de Jesus Cristo. A história dos que nos precederam está indelevelmente marcada em nossos genes e em nosso espírito, limitando, mais do que se imagina, nosso livre arbítrio, cabendo-nos, isto sim, a liberdade de burilá-la, num aperfeiçoamento eterno da alma, ou servir de joguete dessa herança genética e espiritual. Partindo do pressuposto de que todo ser humano é a resultante, em ordem geométrica regressiva, de seus progenitores, há entre nosso 25º avô e nós, um espantoso contingente de mais de 67 milhões de descendentes. Desde Adão e Eva, numa seqüência renovadora infinita, num liame comum a todos os seres humanos que tenham filhos, a perpetualidade da espécie está assegurada até o final dos tempos. Somos todos irmãos! Abraços do Altair.