Blog Sobre Cidadania

Em meu primeiro momento a sós em meu blog, optei por escrever sobre o que vivo neste segundo. Hoje, um sábado chuvoso, onde nem penso em ir para lugar algum, a não ser ficar envolvida em meu edredom quentinho e, olhando por de trás da janela, meus pensamentos foram longe e, trouxeram-me a seguinte reflexão: Como será que foi a chegada dos imigrantes nos dias chuvosos? Já li e ouvi várias histórias, lendas ou mitos sobre a chegada dos imigrantes italianos, por exemplo, uma família a qual pesquiso chamada Rabbachin, que sairam de Genova em 1892 no início do ano, sendo o pai (chefe), a esposa e seu filhinho ainda bebê. Vieram sonhando com uma vida melhor, deixando para trás a pobreza, falta de trabalho e entes queridos. Imagino como fora essa travessia, com um bebê de colo, em um navio cheio de imigrantes em todas as idades, e o pior em dias de chuva e com fortes tempestades, mar revolto ... as roupas úmidas, desespero para pisar em terra firme, pois a cada dia além das intempéries, as comidas/alimentos começavam a ficar escassos além de vários óbitos e doenças. Enfim, quando chegaram no Porto, essa família Rabbachin preencheu seu cadastro, com toda a dificuldade para entender os brasileiros, mas para nossa alegria hoje em dias de chuva, podemos encontrar mais uma fração dessa linda história. Poucos dias depois, a Família Rabbachin encaminhou-se para a Hospedaria de São Paulo e em pouco tempo foi direcionada para alguma vila ou fazenda chegando ao seu destino final muitas vezes a pé desbravando matas, tanto no sol quanto na chuva. Quanto sofrimento! Penso que para não só está família, mas para tantas outras passaram pela chuva gelada, gerando gripes, doenças respiratórias, tosses, pneumonia e tudo, tanto para eles na época terem uma vida melhor e para nós hoje obtermos o Direito a Dupla Cidadania Italiana. Creio que temos que valorizar mais nossos ascendentes pelo que fizeram por nós e por esse direito que temos e ainda passaremos aos nosso descendentes.

Francyne Galetto