Em tempos de crise, é extremamente difícil acreditar, ter fé e esperança que virão dias melhores ou ainda mais coloridos.
Uma crise, tanto financeira quanto emocional, é capaz de abalar com qualquer estrutura; e comigo, particularmente não é diferente! Esses dias, ouvindo a uma reflexão motivacional sobre as diversas crises, fiz um link mentalmente com a História da Imigração Italiana no Espírito Santo.
Certa feita, li algo sobre os primeiros colonizadores nos núcleos Santa Cruz/Conde D'Eu/Ibiraçú, Acioli de Vasconcelos e Demétrio Ribeiro no ES, sobre a grande dificuldade desses imigrantes: "O número de óbitos de imigrantes nesses primeiros anos de estabelecimento nos núcleos coloniais foi sempre muito elevado, acentuadamente entre as crianças, gestantes e pessoas idosas, pois, tão-logo ali chegaram, eram acometidos de impaludismo e outras doenças tropicais, que proliferavam na região, e estando eles já enfraquecidos em consequência das longas e penosas viagens, muitos não resistiam aos sofrimentos e faleciam. Haviam, ainda, casos de falecimentos em decorrência de picadas de cobras e acidentes provocados por quedas de árvores".
Com esse texto acima verídico, entendo e reflito algumas coisas sobre a crise:
- Que devemos sofrer somente por aquilo que vale a pena (ex: pelos óbitos, doenças, acidentes ...) e milhares de sofremos por coisas banais ou passageiras.
- Que devemos ser solidárias com a dor do outro ou com a necessidade do outro.
- Que podemos transformar os nossos sofrimentos em pontes (imagino o quanto sofreram os nossos ascendentes e quanto se fortaleceram na dor, pois ainda acredito que a dor é didática).
Sempre procuro olhar os nossos ascendentes com muita misericórdia e a focar mais fixamente em minhas metas e nas metas meus clientes amigos, ao tão sonhado Direito a Dupla Cidadania.
Francyne Galetto
( Pequena Contribuição à História da imigração no sul do Espiríto Santo, pg.10)

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